A mensageira dos anjos...Com seu cabelo lilás...Aperreava os demônuios...Que habitam as catedrais...Do meu peito de menino...A deusa mãe da preguiça...Falava tão devagar...Era o sussurro da brisa...Era o balanço do mar...Como uma estrela cadente...Entrou na minha morada...Bebeu da minha saliva...Saiu e não disse nada...E eu fiquei sem demônios...Um anjo torto marcado...No céu da boca, no peito...No meu corpo tatuado...
(Alceu Valença)
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