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domingo, 2 de janeiro de 2011

discriminação

Pai da estudante processada por discriminação se diz envergonhado A pedido da OAB e da Procuradoria da República, Mayara Petruso será investigada por comentários contra nordestinos na internet Rodrigo Rodrigues, iG São Paulo | 05/11/2010 17:46 O empresário Antonino Petruso, morador de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, soube pelos jornais que a filha mais nova, Mayara Penteado Petruso, está sendo alvo de investigação pela Procuradoria Geral da República por crime de preconceito. Ela é a estudante de Direito que, finalizada a apuração que apontou Dilma Rousseff (PT) como nova presidenta do Brasil, desancou a postar frases de preconceito e discriminação contra o povo nordestino na internet. Nas frases postadas na rede de microblogs Twitter e no Facebook, a jovem sugere o extermínio dos nordestinos e pede o fim do direito de voto para quem não mora na região Sudeste. Antonino Petruso se disse “surpreso, decepcionado e envergonhado” pela atitude da filha e lamentou que a menina tenha se deixado influenciar pelo “acirramento” do debate eleitoral. “Nunca fui chegado a política e nunca ensinei nada disso para as minha filhas. Tenho um enorme respeito pelos nordestinos e é graças a eles que consigo dar uma vida digna para minha família e pagar a faculdade da Mayara”, disse Petruso ao iG, em entrevista por telefone.
A estudante de Direito Mayara Penteado Petruso, que postou frases contra nordestinos no Twitter e no Facebook e agora é alvo da Justiça e da OAB e pode ser condenada Petruso é dono de uma rede de supermercados de Bragança e diz que tem vários clientes e empregados de origem nordestina. Pai de quatro filhos, ele trabalha mais de 15 horas por dia para administrar o negócio herdado do pai. Nos últimos anos, em virtude da melhora da economia, viu os negócios melhorarem graças às políticas econômicas do governo Lula. “Tenho muita simpatia pelo Lula. Ele não resolveu tudo, mas fez um excelente governo. Se a Mayara tivesse me consultado, teria pedido para ela votar na Dilma. Entre todos os candidatos, ela era a melhor opção para o País”, afirmou o empresário. Relacionamento Mayara é filha de um relacionamento de Antonino fora do casamento. Embora o empresário financie os estudos e a moradia da jovem em São Paulo, ele narra que o relacionamento com a filha é um pouco distante. “Desde quando ela foi morar em São Paulo, pouco nos falamos. Duas outras filhas também moraram na capital nesses últimos anos, mas ela não mantinha contato nenhum com as irmãs nesse período”, contou. Desde quando soube do caso, Antonino tenta encontrar a filha para saber o que de fato aconteceu, mas não consegue localizá-la. Após tentar fazer contato com a garota pelo celular e até ligar para a mãe dela, não obteve retorno e se disse preocupado com o que possa estar acontecendo. “A internet tem muito problema de hacker. Eu mesmo já tive o e-mail invadido por eles. Quero ouvir dela o que está acontecendo. Se ela fez mesmo essas coisas graves que os jornais estão dizendo, terá que pagar e responder na Justiça”, disse o pai. “Sou contra qualquer tipo de discriminação. É o pior crime possível e estou muito chateado que a minha filha esteja envolvida nesse tipo de coisa”, desabafou. “Geyse da FMU” Mayara é estudante do sexto semestre de Direito da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas). Transferida de uma faculdade da região do Pari, passou a frequentar as aulas no campus da Liberdade apenas neste ano, no período noturno. Na sala do segundo andar, a estudante sentava no fundo da classe e conversava com alguns poucos colegas de classe, em virtude do pouco tempo na turma. Apesar de muito jovem, com 21 anos, ela já estagiava em um escritório de advocacia durante o dia, mas foi despedida da empresa por causa do episódio. Na classe, os colegas mais próximos dizem que a jovem nunca soltou qualquer comentário preconceituoso e mantinha o respeito com todos os colegas. “Era uma jovem sorridente e concentrada nos estudos. Conversava com todo mundo que vinha puxar papo com ela, mesmo aqueles de origem nordestina”, disse o estudante identificado apenas como Carlos, que sentava na frente da jovem e fez trabalhos com ela pelo menos duas vezes neste ano. “Acho que ela foi ingênua e infeliz ao fazer esse tipo de comentário. Foi uma coisa muito feia o que ela disse, mas sei que ela não deve ter agido por mal”, disse outra colega que se identificou como Aline.
Comentário de Mayara Petruso no Facebook logo após a vitória de Dilma Rousseff na eleição presidencial do último domingo; Preconceito e discriminação contra nordestinos A história de Mayara ecoou entre os alunos da FMU e foi o principal assunto nesta quinta-feira, data que a reportagem do iG esteve na faculdade. No intervalo, nos elevadores e em todas as salas de aula, as pessoas buscavam identificar quem era a garota apelidada de “Geyse da FMU”, em referência ao episódio da estudante Geyse Arruda, que foi hostilizada por colegas da Uniban por frequentar as aulas com um vestido cor de rosa curtíssimo. “A Mayara é a maior celebridade do curso de Direito hoje”, brincou um jovem durante o intervalo das aulas, numa roda com outros cinco jovens do terceiro ano. “Desde o dia em que o episódio de preconceito veio a tona, Mayara não apareceu mais na faculdade. As amigas mais próximas dizem que ela não atende ao telefone nem responde e-mails. Uma delas chegou até a visitar a república onde Mayara mora com outras duas amigas, mas foi informada de que a jovem teria voltado para Bragança, para a casa da mãe. Os colegas de sala temem que ela abandone o curso. Todos lamentaram o episódio e disseram até que sentem dó pelo que Mayara está passando. “Ela é muito novinha. Não deve estar sendo fácil enfrentar toda essa pressão”, afirmou a representante de sala. 'Case' de Direito O caso da jovem de Bragança Paulista está sendo tratado pelos professores como “case” das aulas de Direito Civil. Segundo os alunos, alguns professores até analisaram o caso da jovem pela ótica jurídica. “Um dos professores afirmou que ela pode responder processo por incitação à violência e discriminação”, disse Rafael Prado, estudante do quarto ano de Direito. “Os professores estão usando o caso para alertar os alunos sobre os limites da internet. É capaz até de as aulas de Direito Eletrônico ficarem mais animadas”, brincou o estudante.
Além do Facebook, Mayara Petruso também postou no Twitter frases de preconceito contra os nordestinos. A jovem agora é alvo de ação da Procuradoria da República de SP Ameaças e preconceitos A Segurança da FMU também está em alerta. Para evitar que a jovem sofra qualquer tipo de hostilidade caso volte às aulas, os seguranças passam pela sala 203 na hora da entrada, do intervalo e na saída. Numa dessas rondas, a reportagem do iG foi flagrada dentro da sala de aula, ouvindo os colegas da jovem na hora do intervalo. Ao convidar o repórter a se retirar da faculdade, um dos seguranças disse que os responsáveis pela segurança estão em alerta total porque um jovem de origem nordestina invadiu a universidade da última quarta, ameaçando agredir Mayara. “A sorte é que ela não tem vindo às aulas”, disse o segurança. Leia mais sobre o caso: OAB-PE denuncia jovem que incitou violência contra nordestinos Comentário contra nordestinos repercute em Pernambuco O pai de Mayara afirma que o episódio causou muitos problemas para a família. Além de assunto entre a maioria dos jovens de Bragança, uma das irmãs de Mayara tem sido alvo de críticas e comentários preconceituosos na faculdade onde estuda, em Bragança. A jovem confessou ao pai que alguns professores também têm destratado a moça em virtude do episódio. “Gostaria que as pessoas não confundissem as coisas por causa de um sobrenome. A Mayara tem 21 anos e responde por seus atos. O que ela fez foi muito grave, mas nós, familiares, só podemos lamentar e ajudá-la a se livrar desse preconceito ruim”, avalia o pai. “Os que confundem as coisas, incorrem num erro ainda mais grave que o da minha filha”, sentencia. Desculpas da família Antonino Petruso soube pelo iG que a filha não está frequentando a faculdade. Com problemas de visão que o impedem de dirigir, o empresário deve viajar a São Paulo no final de semana com uma das filhas para encontrar a filha e tentar orientá-la. A Procuradoria Regional da República de São Paulo já solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) que abra investigação contra Mayara. O processo foi encaminhado para a procuradora Melissa Garcia Blagitz Abreu e Silva, do Grupo de Combate aos Crimes Cibernéticos). O pai da jovem promete contratar um advogado para ajudar a filha, mas ressalta que a jovem terá que responder por seus atos. “Preconceito é um crime inaceitável. Se ela fez isso mesmo, terá que pagar. Como pai, peço apenas desculpas aos nordestinos, do fundo do meu coração. Amo o Nordeste e todos os nordestinos merecem o meu respeito”, declarou Antonino Petruso. Lá fora O caso chegou a repercutir na imprensa internacional. O site do jornal britânico The Telegraph publicou reportagem do seu correspondente no Brasil a respeito do assunto. A matéria diz que se a jovem for condenada pela Justiça, poderá pegar uma pena de dois a cinco anos de prisão por racismo. Ou então, de três a seis meses - ou multa - por incitar o assassinato na internet. O jornal britânico também lembrou a diversidade étnica do Brasil e afirmou que os metiços formam a grande maioria da população brasileira.
Repercussão do caso de Mayara Petruso na página do jornal britânico "The Telegraph". OAB-PE denuncia jovem que incitou violência contra nordestinos Jovem paulista, estudante de direito, é alvo de representação criminal pela seccional pernambucana da entidade Pierre Lucena, iG Pernambuco | 03/11/2010 20:01 A Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco entrará amanhã com representação criminal contra a estudante de direito Mayara Petruso, autora de incitação à violência contra nordestinos no microblog Twitter. A estudante atribuía aos nordestinos a vitória da presidenta eleita Dilma Rousseff.
Mayara Petruso prega assassinato de nordestinos A frase que iniciou a polêmica no microblog era: "Nordestisto não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado”. A frase, escrita de forma incorreta (nordestisto), fez com que a tashag #nordestisto figurasse durante todo o dia entre os Trending Topics do Twitter. A estudante Mayara Petruso, que teria iniciado a polêmica, apagou seu perfil no Twitter, mas a entidade pernambucana já teria conseguido seus dados. “Já temos nome e foto desta estudante, de forma que já teremos como incriminá-la”, confirma o presidente da OAB-PE. A polêmica ganhou força porque atribuiu-se a vitória de Dilma Rousseff à larga vantagem que a presidente eleita conseguiu no Nordeste. Esta vantagem, apesar de expressiva, não foi decisiva para que José Serra perdesse a eleição. A vitória de Dilma em Minas Gerais e no Rio de Janeiro também contribuíram para a diferença de 12%.Nenhuma destas regiões isoladamente contribuiu para a vitória de Dilma. Em conversa com o iG, o presidente da OAB-PE, Henrique Mariano, disse que a entidade está tomando as providências: “Vamos amanhã representar criminalmente contra a estudante de direito no Ministério Público Federal de São Paulo. E ela irá responder pelos crimes de racismo e incitação publica à prática de ato delituoso, que no caso dela é o crime de homicídio, que a estudante coloca na sua declaração, mandando afogar um nordestino”. iG – Por que o comentário da jovem teve tanta repercussão Henrique Mariano – Acredito que em função da gravidade delituosa cometida pela estudante de direito. Ao mesmo tempo ela praticou um ato grosseiro e também criminoso. Esse tipo de atitude racista não é mais admitido pela sociedade. Não se pode permitir o ódio dessa forma. Amanhã pela manhã vamos oferecer notícia crime contra esta pessoa, perante o Ministério Público Federal de São Paulo, que é onde ela reside. Ela vai responder por dois crimes, racismo e incitação pública de ato delituoso, que neste caso é o de homicídio, pois ela sugere que se mate um nordestino afogado. iG – Isso será pela OAB Federal? Não, é uma iniciativa da OAB de Pernambuco, ainda não acionamos a OAB Federal. iG – Apenas ela vai ser denunciada? Por enquanto será apenas ela, pois já conseguimos identificar, com nome e foto. Mesmo ela apagando seu Twitter temos os registros, inclusive das frases racistas. Outras pessoas também postaram comentários do mesmo nível, mas vamos começar por ela, porque foi quem iniciou e quem foi possível identificar. Estamos tentando identificar outros, mas por enquanto será ela. iG – Acredita que isto é um fato isolado? Isso é uma prova de que parcela da sociedade tem este tipo de preconceito, e precisamos combatê-lo. Quando tivemos as enchentes que devastaram a Zona da Mata de Pernambuco e Alagoas, uma grande corrente de solidariedade se espalhou pelo país, mas apareceram alguns indivíduos com atitude semelhante. Precisam entender que uma rede social é uma opinião emitida em um meio de comunicação. Precisarão responder por elas. iG – O que mais lhe aborreceu neste caso? Além do crime em si, com todo este preconceito, é grave que uma acadêmica de direito faça um tipo de ato como este. Que profissional será esta moça? Ela tem o dever de defender as políticas de direitos humanos e a justiça social, e ao invés disso comete delitos como este, incitando o ódio e o racismo. Este tipo de atitude contraria os princípios de ética e civilidade, incompatíveis com uma profissional de direito. Comentário contra nordestinos repercute em Pernambuco Jovem paulista, estudante de direito, será alvo de representação criminal pela OAB-PE e Ministério Público Pierre Lucena, iG Pernambuco | 03/11/2010 08:03 Na madrugada desta segunda-feira, um comentário preconceituoso contra os nordestinos no Twitter, mobilizou as entidades de Pernambuco. A estudante de direito Mayara Petruso iniciou a discussão ofendendo os nordestinos que teriam dado a vitória a Dilma Rousseff (PT).

A frase que iniciou a polêmica no microblog era: "Nordestisto não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado”. A frase, escrita de forma incorreta (nordestisto), fez com que a tashag #nordestisto figurasse durante todo o dia entre os Trending Topics do Twitter.

Em conversa com o iG, o presidente da OAB-PE, Henrique Mariano, disse que a entidade está tomando as providências: “Vamos representar criminalmente contra a estudante de direito. E ela irá responder pelos crimes de racismo e incitação publica a prática de ato delituoso, que no caso dela é o crime de homicídio, que a estudante coloca na sua declaração, mandando afogar um nordestino.” O presidente da OAB-PE disse que o Ministério Público de Pernambuco também estava tomando providências.

A estudante Mayara Petruso, que teria iniciado a polêmica, apagou seu perfil no Twitter, mas a entidade pernambucana já teria conseguido seus dados. “Já temos nome e foto desta estudante, de forma que já teremos como incriminá-la”, confirma o presidente da OAB-PE.

A polêmica ganhou força porque a vitória de Dilma Rousseff foi atribuída à larga vantagem que a presidenta eleita conseguiu no Nordeste. Esta vantagem, apesar de expressiva, não foi decisiva para que José Serra (PSDB) perdesse a eleição. A vitória de Dilma em Minas Gerais e no Rio de Janeiro também contribuiu para a diferença de 12%. Nenhuma destas regiões foi isoladamente responsável para a vitória de Dilma. http://br.noticias.yahoo.com/s/05112010/25/politica-paim-diz-nao-se-intimidar.html Paim diz não se intimidar por ameaça de neonazista Sex, 05 Nov, 07h16 O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou hoje que não vai se intimidar por ameaças ou por nenhum tipo de armação patrocinada por grupos neonazistas. Ele foi informado pelo delegado da Polícia Civil de Porto Alegre, Paulo Cesar Jardim, que é ameaçado no vídeo encontrado numa casa da cidade, junto a outros objetos - como CDs, livros e roupas com suásticas - que fazem apologia ao nazismo e a seu principal representante, Adolf Hitler. Paim recusou a sugestão dada pelo delegado de reforçar sua segurança. Reeleito senador, o petista disse que não é a primeira vez que recebe esse tipo de ameaças, segundo ele, patrocinadas por pessoas contrárias à defesa que faz de setores discriminados do País. O senador afirma, em nota divulgada no final da tarde de hoje, que considera "inadmissível" a existência de atitudes de cunho nazista. "Se eles pensam que com esse movimento vão calar a minha voz no Congresso, estão enganados", afirma. "Pelo contrário, continuarei a minha luta para que todos os preconceitos e discriminações sejam eliminados em nosso País", diz o parlamentar. Para discutir a manifestação pró-nazista, Paulo Paim marcou para o dia 19, véspera do Dia Nacional da Consciência Negra, uma audiência pública no Senado. Serão convidados representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), entre outras entidades.


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