QUEM COMEU O CORONEL?
DONO DE UMA LANCHONETE É PRESO POR BATIZAR SANDUICHES COM PATENTES MILITARES
Para o dono de uma lanchonete de Penedo, a 170 km de Maceió (AL) tratava-se de uma estratégia de marketing.
Para o comandante da Polícia Militar da cidade, aquilo era uma ofensa à Corporação.
E assim, por batizar os sanduíches da casa com patentes militares, Alberto Lira, 38 de idade, dono da lanchonete "Mister Burg", acabou detido por ordem do comandante da PM local.
Afinal, entendeu o militar, que não ficaria bem alguém chegar na lanchonete e pedir: "Quero um coronel mal passado".
Ou sair de lá dizendo: "Acabei de comer um Sargento".
Na delegacia foi lavrado boletim de ocorrência e, face ao tumulto havido, a casa comercial fechou durante algumas horas.
Como o delegado de plantão entendeu que não havia motivo para prisão, Lira foi liberado horas mais tarde.
Os cardápios da lanchonete foram recolhidos para avaliação e a casa reaberta em seguida.
Aproveitando-se da inesperada repercussão, a lanchonete tenta manter o cardápio que desagrada a PM.
A casa então, oferece os seguintes lanches: "Coronel" (que é o filé com presunto), "comandante" (um prato com calabresa frita) e por aí vai.
A brincadeira foi demais para o pouco humor dos militares, que dizem que os nomes dos pratos provocavam chacotas e insinuações contra os policiais entre os moradores da cidade de 60 mil habitantes.
Lira, o dono da lanchonete, diz que não teve nem tem nenhuma intenção de brincar ou ofender a Corporação.
O cardápio - garante o dono da lanchonete - pretendia ser apenas uma homenagem à hierarquia militar.
O prato mais caro era o "comandante".
Sendo assim, o comerciante Lira contratou o advogado Francisco Guerra para entrar com uma denúncia por abuso de autoridade contra o comandante local da PM e uma ação reparatória por dano moral contra o Estado de Alagoas.
Na referida denuncia, o advogado vai salientar que não existe nenhum texto legal que impeça um restaurante de incluir, no seu cardápio,
DONO DE UMA LANCHONETE É PRESO POR BATIZAR SANDUICHES COM PATENTES MILITARES
Para o dono de uma lanchonete de Penedo, a 170 km de Maceió (AL) tratava-se de uma estratégia de marketing.
Para o comandante da Polícia Militar da cidade, aquilo era uma ofensa à Corporação.
E assim, por batizar os sanduíches da casa com patentes militares, Alberto Lira, 38 de idade, dono da lanchonete "Mister Burg", acabou detido por ordem do comandante da PM local.
Afinal, entendeu o militar, que não ficaria bem alguém chegar na lanchonete e pedir: "Quero um coronel mal passado".
Ou sair de lá dizendo: "Acabei de comer um Sargento".
Na delegacia foi lavrado boletim de ocorrência e, face ao tumulto havido, a casa comercial fechou durante algumas horas.
Como o delegado de plantão entendeu que não havia motivo para prisão, Lira foi liberado horas mais tarde.
Os cardápios da lanchonete foram recolhidos para avaliação e a casa reaberta em seguida.
Aproveitando-se da inesperada repercussão, a lanchonete tenta manter o cardápio que desagrada a PM.
A casa então, oferece os seguintes lanches: "Coronel" (que é o filé com presunto), "comandante" (um prato com calabresa frita) e por aí vai.
A brincadeira foi demais para o pouco humor dos militares, que dizem que os nomes dos pratos provocavam chacotas e insinuações contra os policiais entre os moradores da cidade de 60 mil habitantes.
Lira, o dono da lanchonete, diz que não teve nem tem nenhuma intenção de brincar ou ofender a Corporação.
O cardápio - garante o dono da lanchonete - pretendia ser apenas uma homenagem à hierarquia militar.
O prato mais caro era o "comandante".
Sendo assim, o comerciante Lira contratou o advogado Francisco Guerra para entrar com uma denúncia por abuso de autoridade contra o comandante local da PM e uma ação reparatória por dano moral contra o Estado de Alagoas.
Na referida denuncia, o advogado vai salientar que não existe nenhum texto legal que impeça um restaurante de incluir, no seu cardápio,
"Lula à milanesa",
"Filé a cavalo" ou
"Coronel mal passado", etc.
O advogado já pediu habeas corpus preventivo para evitar outra detenção de seu cliente. A peça sustenta que "se o argumento do comandante fosse válido, nenhuma festa de criança poderia ter brigadeiro", pois como se sabe, Brigadeiro - além de ser a mais alta patente da Aeronáutica - é também o nome do docinho obrigatório em aniversário de crianças.
"Em Penedo, comer brigadeiro pode, mas comercoronel, está proibido"
O advogado já pediu habeas corpus preventivo para evitar outra detenção de seu cliente. A peça sustenta que "se o argumento do comandante fosse válido, nenhuma festa de criança poderia ter brigadeiro", pois como se sabe, Brigadeiro - além de ser a mais alta patente da Aeronáutica - é também o nome do docinho obrigatório em aniversário de crianças.
"Em Penedo, comer brigadeiro pode, mas comercoronel, está proibido"
Ironizam os advogados da cidade .......
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