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quinta-feira, 1 de julho de 2010


CAOS E LAMA
Sem água e sem luz, as pessoas tentam se virar como podem na cidade de Branquinha (AL)

Histórias de desespero se repetiram nas mais de 54 cidades pernambucanas afetadas pelas enchentes. Em Barreiros, o psiquiatra Anchieta Caraciolo ficou ilhado no Hospital Psiquiátrico onde trabalha. “Foi uma situação terrível. Não havia luz e só escutávamos o som da água, que descia pelas ruas como uma cachoeira”, lembra Caraciolo. O hospital, que tem 107 pacientes masculinos, aos poucos foi abrigando uma população aflita. Entre as centenas de pessoas que buscaram refúgio no prédio estava Josilda Maria da Silva, 19 anos, grávida, já em trabalho de parto. Seu atendimento foi improvisado em meio ao caos e, pela primeira vez na história do hospital psiquiátrico, nasceu ali um saudável bebê de 3,5 quilos. “Ela recebeu o nome de Maísa Vitória”, diz o médico. Quando deixou o hospital no domingo à noite, Caraciolo viu o estado de calamidade da cidade: “Era um cenário de pós-guerra. Barreiros parecia bombardeada.”
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